sábado, 2 de janeiro de 2010

RASURA


Me desculpe o mesmo gesto
Meu constante gesto insano
Que por mais que a mente negue
Teu coração ele marcou
Como a lógica dos fatos
Que eu traí a todo instante
Rasurando nosso branco
Com a mistura que eu sou
Me desculpe o gesto louco
A aspereza da loucura
Inda queima no meu calmo
Doido e calmo coração
Mas por que, se a gente é tanto
Nosso amor sofreu rasura?
Nosso inconfundível gesto
eu desfiz na minha mão
Me desculpe, ou melhor, não
Me abrace e comemore
Que a rasura que foi feita
Foi perfeita na sua hora
E mais que o mais perfeito
Rasurar valeu a pena
Como esteve rasurado
O primeiro original
Do mais lindo poema

OSWALDO MONTENEGRO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

QUE AS FADAS BEIJEM SEUS PENSAMENTOS...

Agora que você chegou espero que seus pensamentos sejam abençoados pelos Anjos e que você possa sentir-se acariciado pela magia das Fadas...